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2004 - Ano do Macaco-Madeira
por Rosane Volpatto


O Horóscopo Chinês é formado por 12 animais, que atenderam ao chamado de Buda, segundo uma lenda antiga. Dentro da filosofia chinesa, cada animal rege um ano. O ano de 2004 será regido pelo Macaco-Madeira. Essas duas forças aliadas trazem consigo um ano de transformações.

Um ano com problemas para serem solucionados através de idéias inteligentes. Usar o senso de humor do macaco nos proverá de um futuro fascinante, ricos do inesperado.

Um ano sem rédias para a imaginação, cheio de overdose de otimismo, que permitirá a tolerância ao intolerável. Mas não deixe seu jardim criar ervas daninhas, fatos destrutivos podem se propagar e acarretarem problemas.

Aqueles que não tiverem medo de se arriscar, prosperarão. O ano do Macaco Madeira é um período de prosperidade e de crescimento.

O elemento madeira representa os 12 primeiros anos de vida, época de desenvolvimento rápido, de idealismo e inocência. Este ano, regido pelo elemento Madeira é favorável ao início e expansão de empresas, assim como da cooperação.

Há 60 anos atrás, em 1944 tivemos um ano Macaco-Madeira, ano clímax da Segunda Guerra Mundial, quando a ameaça de um desastre uniu as forças aliadas.

O macaco do Zodíaco chinês é o equivalente ao signo de Leão. Ele é considerado um vagabundo errante, um aventureiro, um explorador. Tem fama de ser ágil, de espírito vivo, lúcido, provocador, mas também é catalogado entre o Céu e a Terra, os deuses, os demônios e os homens.

Segundo a tradição budista, o antepassado dos Tibetanos era um macaco representado por onze cabeças e mil braços, nascido da palma da mão de Avalokitesvara, um "ser desperto", ou bodhisattva, ao qual atribuíam as virtudes da compaixão, do conhecimento absoluto e da sensatez, tão valorizada na China. O Macaco viria a ser uma emanação deste ser sobrenatural e benévolo, enviado ao Tibete para converter a população ao budismo. Um pouco como um anjo. Esse macaco se chamava Mani Bka bum.

Uma ogra, a demônia das rochas, metamorfoseada em esplêndida mulher, foi encontrar-se com o macaco e lhe fez estranha declaração de amor na forma de ameaça:

"....Com a força de meus desejos, eu te amo e ando por ti;
Com a força desse amor, eu te sigo e te suplico;
Se não devemos viver juntos, tu e eu, eu irei
Servir de companheira ao demônio;
Uma multidão de pequenos demônios nascerá,
Devorarão cada manhã mil vezes mil seres...
E eu, quando o poder de meus atos anteriores
Me fizer morrer,
Cairei no grande inferno dos seres...."

Alarmado e comovido com essa declaração, o macaco foi pedir conselho a Avalokitesvara, que o aconselhou a desposar a demônia; assim, no Tibete, de um macaco compassivo e de uma amorosa das rochas nasceu a humanidade.

"Muito tempo depois de uma inundação original, sujeita a reserva, no Tibete, Avalokitesvara e Tara se encarnaram em macaco e em Demônia das rochas. De sua união, nasceram seis seres, meio-homens, meio-macacos. Aos poucos, seus pêlos caíram, sua cauda se encurtou e eles se tornaram homens."

Na Roda da Existência tibetana, o macaco simboliza a consciência, mas uma consciência que salta de um objeto ao outro como o macaco salta de galho em galho.

A Índia conhece um macaco real: o Hanuma do Ramaiana. Este deus-macaco da mitologia hindu e budista é muito amado na Índia, na China e no Japão. Na epopéia hindu do Ramaiana, ele é general do exército e o primeiro conselheiro do rei-macaco Sugriva. Muitas lendas narram as façanhas desse deus-macaco. Na tardição chinesa, ele foi o companheiro de viagem do peregrino Xuan Zhang e o ajudou na sua procura dos livros santos do budismo. O rei-macaco atingiu finalmente o estado de buda. Na arte do Extremo Oriente, a atitude do macaco muitas vezes é da sabedoria e do desapego.

No Egito antigo, o macaco, animal sagrado, era identificado com Tot, que às vezes era representado dessa forma. Na forma de grande cinocéfalo branco, Tot é o inventor das letras, o criador das leis, o organizador do tempo e o patrono dos sábios e dos letrados. Ele é o escriba divino que anota a palavra do deus criador, Ptá, e transcreve o veredicto de Anúbis, depois da pesagem das almas. O cinocéfalo é muito representado na arte egípcia. Como ele se levanta na aurora e tem o costume de emitir gritos nessa hora, dizia-se que saudava o Sol levante e o ajudava a subir do horizonte com suas preces. Assim, muitas divindades receberam a aparência desse alegre animal.

Mas, o macaco é muito mais. Ocupa lugar importante na cultura ameríndia, e tem caráter "apolíneo" entre os maias e os astecas. Governa um dos dias do calendário, e as pessoas nascidas sob o signo do Macaco são ornadas de qualidades artísticas: são dotadas para a música, o canto, a escrita, a poesia etc., ou dotadas para o artesanato. O Sol, chamado "Princípe das flores", a qualidade de patrono do canto e da música, muitas vezes é representado na forma de macaco.

Mas o macaco, por seu temperamento ardente é também considerado símbolo sexual.

Vários códices representam o macaco como gênro do deus da Morte e da Meia-Noite. O fundo da noite tem por glifo uma cabeça de macaco acompanhada dos símbolos de Vênus e da Lua. Entre os índios bororo, ele é o herói civilizador, porque inventou a técnica do fogo por fricção. Aparece também como "iniciador tentador" que, dissimulando seus conhecimentos e sua sabedoria com suas palhaçadas, provoca o ser humano ao deboche, de modo a medir o domínio sobre si mesmo.

O folclore não foi muito amável com o macaco e muitas vezes ele é considerado a encarnação do Diabo. Às vezes é também a aparência tomada pela alma ao sair do corpo do morto.

Nono signo do zodíaco chinês, possui tanto as características yang como as características ying em igual proporção. É um signo dual, duplo e ambíguo: simboliza a velhice com toda a sua sabedoria e a infância com toda a sua ingenuidade curiosa. Em geral, os nativos desse signo são eternamente infantis, que se contrapõe às tendências realistas e conservadoras da maturidade.

O traço dominante da personalidade do Macaco é a lucidez. Seu espírito observador tudo percebe, tudo analisa. Dono de um implacável olho clínico, o Macaco nunca se deixa enganar pelas aparências e aprende as lições da vida com extraordinária rapidez.

Devido a sua esperteza e inteligência, o Macaco tem um terrível complexo de superioridade. Adaptável, versátil e nada constante, o nativo desse signo é, antes de tudo, autoconfiante. É competitivo e ciumento e costuma empolgar-se com suas idéias, que considera geniais e, como criança curiosa, encontra prazer em descobrir suas novas e numerosas potencialidades. Sua atenção converge para os mais variados assuntos e adoram resolver problemas aparentemente insolúveis. Essa tendência é especialmente favorável à sua vida profissional.

Ao contrário do que imagina-se, as célebres estatuetas dos três macacos, um tapando a boca, o outro os olhos e o terceiro os ouvidos, não significam que é mais sensato não dizer nada, não ver nada nem ouvir nada, mas justamente que não é bom pronunciar palavras torpes, nem seguir os maus exemplos, nem dar ouvidos as palavras mal-intencionadas.

Texto elaborado por:
Rosane Volpatto
rosanevolpatto@terra.com.br

Publicado neste site em 08/12/2003

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